Este é o blog da disciplina Química do 1º ano - 2015, do Colégio Oficina. Aqui você vai encontrar referências que são fundamentais para construção do conhecimento em química. Seja bem-vindo(a)!
quarta-feira, 17 de junho de 2015
segunda-feira, 8 de junho de 2015
terça-feira, 2 de junho de 2015
Cientistas “congelam” a luz por um minuto

No que poderia vir a ser um grande
avanço no armazenamento de memória quântica e processamento da
informação, pesquisadores alemães conseguiram congelar a coisa mais
rápida do universo, a luz. E eles o fizeram por um minuto, um recorde.
Parece estranho, e é. A razão para
querer manter a luz em seu lugar (além da pura grandiosidade dela) é
para garantir que ela mantém suas propriedades de coerência quântica (ou
seja, o seu estado de informação), tornando possível a construção de
memória quântica à base de luz. E em quanto tempo a luz poderia ser
mantida, no que diz respeito na medida em computação. Assim, ela poderia
permitir comunicações quânticas mais seguras em longas distâncias.
É desnecessário dizer que, não é fácil
prender a luz – você não pode simplesmente colocar no congelador. A luz é
uma radiação eletromagnética que se move a 300 milhões de metros por
segundo. Ao longo de um período de um minuto, ela pode viajar cerca de
11 milhões de milhas (18 milhões de quilômetros), ou 20 viagens de ida e
volta para a lua. Então é um meio bastante astuto e escorregadio, para
dizer o mínimo.
Mas a luz pode ser desacelerada e até mesmo parada completamente. E de fato, os pesquisadores conseguiram mantê-la por 16 segundos utilizando átomos frios.
Para esta experiência particular, o
pesquisador Georg Heinze e sua equipe, converteram a ligação de luz em
ligações atômicas. Fizeram usando um efeito de interferência quântica
que faz com um meio de opacidade – neste caso, um cristal – transparente
sobre uma escala estreita dos espectros de luz (um processo chamado
Electromagnetically Induced Transparency, em português, Transparência
Induzida por Eletromagnetismo). Os pesquisadores dispararam um laser
através deste cristal (uma fonte de luz), que enviou seus átomos em uma
superposição quântica de dois estados. Um segundo raio, em seguida,
desligaram o primeiro laser e como consequência, a transparência. Assim,
os pesquisadores reduziram a superposição – e prenderam o segundo feixe
de laser no interior.

E eles provaram a realização do
armazenamento – e em seguida, recuperando com êxito – a informação na
forma de uma imagem de 100 micrômetros de comprimento, com três listras
horizontais sobre ele.
“O resultado supera as manifestações
anteriores em gases atômicos por aproximadamente seis ordens de
magnitude e oferece excitantes possibilidades de memórias de
armazenamento quânticos de longa data que são espacialmente
multiplexados, ou seja, podem armazenar diferentes bits quânticos como
pixels diferentes”, observa o físico Hugues de Riedmatten em um artigo
de revisão de física associado.
No futuro, os pesquisadores tentarão
usar diferentes substâncias para aumentar ainda mais a duração do
armazenamento de informações.
Estudo publicado na Physical Review Letters: “Stopped Light and Image Storage by Electromagnetically Induced Transparency up to the Regime of One Minute.”
Imagem: Imredesiuk.
FONTE: http://universoracionalista.org/cientistas-congelam-a-luz-por-um-minuto/
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