Thaisa Bergmann, professora em Porto Alegre, foi escolhida pela Unesco.
Premiação reconhece mulheres que contribuíram para o avanço científico
A cientista brasileira Thaisa Storchi Bergmann, professora em Porto Alegre e especialista nas áreas de física e astronomia, está entre as vencedoras do prêmio L’Oréal-Unesco para Mulheres na Ciência. Sua área de pesquisa é em astrofísica extragaláctica, com foco nos processos de alimentação e feedback de buracos negros supermassivos em galáxias.
No palco do imponente anfiteatro da Sorbonne, antiga sede da Universidade de Paris, e cercada de esculturas dos grandes pensadores do Iluminismo (todos homens), a química canadense Molly Shoichet tomou a liberdade de questionar o clássico lema da revolução francesa: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade. A sociedade ocidental, da qual eu faço parte, foi construída sobre esses três pilares. Mas onde fica a sororidade?”.

Shoichet foi uma das cinco premiadas com uma bolsa de US$ 100 mil pelo For Women in Science, programa da Unesco e da Fundação L’Oréal criado para incentivar a participação de mulheres na ciência e que premia anualmente as cinco cientistas que mais se destacaram. A cerimônia aconteceu na noite da última quarta-feira, 18. No seu discurso, além de reforçar a importância da sororidade – uma espécie de fraternidade feminina, em que as mulheres abrem mão da cultura de rivalidade para apoiar e proteger umas às outras -, lembrou que a mãe (foto abaixo), parte da primeira geração de canadenses a ingressar em um curso superior, tinha um mercado de trabalho “limitado” mesmo com diploma: “As oportunidades dependiam apenas de o quão rápido ela era capaz de datilografar”.
Além de Shoichet, representante da América do Norte, também receberam o prêmio a astrofísica brasileira Thaisa Storchi Bergmann (Ameríca Latina), a química chinesa Yi Xie (Ásia e Pacífico), a física marroquina Rajaâ Cherkaoui El Moursli (África e Estados Árabes) e a química britânica Carol Robinson (Europa). Conheça os projetos de cada uma delas:
Thaisa Storchi Bergmann
País: Brasil
Área de atuação: Astrofísica
Contribuiu para o aumento do conhecimento sobre a formação do universo com seus estudos sobre os buracos negros supermassivos. Foi a primeira pessoa a observar um disco de acreção em uma galáxia considerada inativa, o que resultou na compreensão de que todas as galáxias têm buracos negros nos seus nucleos.
Área de atuação: Astrofísica

FONTE: https://nupesc.wordpress.com/2015/04/24/cientista-brasileira-que-estuda-buracos-negros-ganha-premio-da-onu/
Nenhum comentário:
Postar um comentário